terça-feira, outubro 10

as roupas despidas de mim
espalhadas pelo chão frio
desse quarto mal iluminado
ruminam sinais de nós dois
feito cicatrizes incolores
vez por outra a visitarem-me
no vazio que eu inventei
agarrada ao refugo da lucidez
para ser absurdamente possível
travestir-me de alegria
onde alegria não há

3 comentários:

Keila Sgobi de Barros disse...

Por que tem que doer tanto assim?
Por que tem que ser tão frio?
Tão criativamente gélido, solitário e vazio?

Izabella, menina, novas leituras podem estar por vir...

Beijos

mg6es disse...

e segue a solidão, caixinha onde ecos dizem não...


beijo.

Claudio Eugenio Luz disse...

a ausencia, nem sempre cura as feridas.

hábeijos