quinta-feira, agosto 3

Hoje, acordei sem querer acordar. Era saudade displicentemente acomodada ao lado do meu travesseiro: minha cama, vazia sem ti. Sim, eu sei, todos dirão que isso é a mais pura bobagem e que eu não passo de alguém a sonhar. Mas, o que fazer se desde cedo sonhos me acompanham e, mesmo quando a mim deixam só, posso sentir marcas como que dizendo: acredite, é possível ser feliz. Hoje, percebi que sobrevivo sem você. Eu sobrevivo sem você, escutou? Eu sobrevivo! No entanto, sobreviver está bem longe de ser vida. É que a vida exige mais cores. E flores. Dores também; não eternamente, que é para ensinar de nós a nós mesmos. Então, levantei da cama e corri ao telefone pra dizer todas as palavras que na minha garganta estavam prontas, loucas para sair. Você não atendeu. E a música a tocar era uma daquelas, poucas, que sabem dizer exatamente o que é sofreguidão - e amor. Procurei meu caderno. Escrevi letras mortas. Saí descalça, fui visitar o jardim. Soube do sol uma centelha: mesmo que para nunca mais, é bom, é muito bom amar você!

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