sábado, agosto 19

meus dedos sem sono
recusam palavras
foge-me à força
de ti a esperança
trazendo imagens
que eu nunca quis

(já é fim de tarde
da sacada do quarto
vejo o céu desbotando
o azul das estrelas)

tudo o que aprendi
o que senti e o que menti
de nada mais importa
quando calo as páginas
desse pouco amor
que estagnou aqui

3 comentários:

Leandro Jardim disse...

"quando calo as páginas
desse pouco amor
que estagnou aqui"

bonito, fechado com chave-de-ouro!

Claudio Eugenio Luz disse...

Quando o amor estagna, então, já é tempo da gente colher outras flores no jardim. Muito bom.

hábeijos

mg6es disse...

pouco amor, louco ardor...

meus dedos sem sono,
teus medos sem dono,
aqui, eu sem ti,
encanto isso,
lá flora,
chora esse outono.


belo poema, Izabella!

bjo.